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Racional ou Emocional? Qual a Melhor Maneira de Administrar seu Dinheiro?

Quando falamos de comportamento humano e levamos em conta os quase oito bilhões de habitantes do planeta Terra, com diferentes backgrounds, culturas e estilos de vida, parece improvável que exista um padrão comportamental que sirva como guia geral. Ainda assim é possível dividir a maior parte das pessoas em dois grandes grupos: 

  • os que dependem da razão, que tomam mais tempo a decidir e geralmente o fazem de maneira mais deliberada e lógica;
  • os que dependem de suas experiências e sensações, que tendem a agir baseados na intuição, de maneira rápida e emocional;

Quando nos deparamos com nossos processos de decisão que consideramos importantes para a nossa vida e nosso desenvolvimento pessoal e profissional, tendemos a nos encaixar, por uma série de fatores externos e internos, em um desses dois grupos. Mas nós não somos restritos a apenas um modo de agir. Embora possamos acreditar que seguimos uma tendência em diversos aspectos de nossas vidas, em alguns momentos de tomada de decisão podemos quebrar a regra e agir de uma maneira oposta ao que estamos tencionados a fazer, seja essa tendência deliberada ou intuitiva, de forma racional ou emocional, rápida ou devagar.

Isso mostra que somos dotados dessas duas competências, como escreve o ganhador do prêmio Nobel de Economia, Daniel Kahneman, em seu livro “Rápido e Devagar: Duas formas de pensar”, onde o autor pontua a capacidade que nosso cérebro tem de interação entre esses dois sistemas.

“Falo das características do pensamento intuitivo e do deliberado como se fossem traços e disposições de dois personagens em sua mente.”

Quando falamos especificamente em decisões financeiras ou relacionadas a nossa profissão, a maior parte das pessoas está condicionada a acreditar que agir de maneira racional, em detrimento do lado emocional, é o correto a ser feito nessas situações, que avaliar os pontos positivos e pontos negativos com base num filtro racional seja o mais adequado.

Este pensar e agir, essa forma racional de ser, é vista como a forma adulta, madura e responsável de se tomar decisões e tem feito parte da nossa cultura por muito tempo, refletida em filmes, propagandas e no nosso imaginário. 

Mas isso não é o que eu acredito e é o que o livro de Kahneman tenta desconstruir. A ideia de que somos seres essencialmente racionais é posta à prova pelo psicólogo e economista, o que pode nos levar a uma reavaliação de qual seria a melhor forma de lidar com nossas finanças.

O meu principal ponto é de que não existe um ideal, e independente do tipo de pessoa que você é ou onde acredita que se encaixa, uma ideia interessante é entender como você se comporta para poder tirar proveito disso em diversas áreas da sua vida. Saber administrar as suas finanças de acordo com quem você é e conhecer o seu comportamento são as melhores ferramentas que você pode ter na hora de decidir o que fazer com seu dinheiro.

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Vinicius Machado

Vinicius Machado

Economista pela Federal do Rio Grande do Sul e com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro. Durante a minha carreira sempre me encantei com atendimento direto às pessoas e aprendi a pensar as finanças além dos números, afinal, indivíduos não se resumem em suas metas e rentabilidades.

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